sexta-feira, 31 de agosto de 2012

M38A1 período Guerra do Vietnã

 Um belíssimo exemplar norte-americano do Willys M38A1, modelo 1953.

 Essa viatura está caracterizada com as marcações do período da Guerra do Vietnã. Apesar do MUTT 151 ter sido adotado em grande escala naquele conflito no sudeste asiático, o M38A1 também foi utilizado, principalmente nos anos iniciais do conflito. Já a versão alongada M170, que deu origem ao CJ-6 (101) foi mais utilizada, pois era uma versão equipada para transporte de feridos. Até 1967 as marcações do US. Army naquele período eram na cor branca, após passaram a ser em preto, também em aeronaves.


sábado, 25 de agosto de 2012

Pick-up Jeep 1963




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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Jipão 1959

        Este post é uma homenagem, mesmo que um tanto atrasada em relação à data, a todos os pais, vivos ou já falecidos. Mas dedico este post especialmente ao amigo Valmir Edmar Juchen, ao qual através deste presta uma bonita homenagem a seu falecido e jeepeiro pai , Werno Frederico Juchen.
        É a  história de dois guerreiros: seu pai e o Jeep 1959 que fez parte da família. Ela será contada agora, resumidamente, e com as próprias palavras do Sr. Valmir.
        "A parceria começou na década de 60, após meu pai vender outro jipão 1951, o qual o havia adquirido meio surrado, resolveu vendê-lo e após oferta do Sr. Mário, vizinho do sítio, adquiriu seu jipão 1959 semi-novo, para que a família tivesse mais conforto. Mesmo meu pai não tendo todo o dinheiro, após uma certa insistência do Sr. Mário, que queria que seu jeep fosse adquirido por uma pessoa que também gostasse do jipão e também era a chance de tê-lo sempre por perto, mesmo sendo de outro dono. Assim foi fechado o negócio, no mesmo dia do nascimento de minha segunda irmã, sendo que eu nessa época ainda não tinha nascido.
        Tínhamos gado no sítio e vendíamos leite na cidade. De manhã, após meu pai e minha mãe aprontar tudo, lá ia o jipão com vários galões para entrega de leite de casa em casa. Assim que terminava a entrega do leite meu pai para a roça onde tínhamos uma plantação de café. Lembro, nas colheitas, o velho jipão carregando várias sacas de café para o terreirão e para aproveitar a viagem, vinha com sacos de café até por cima do capô do motor e amarrados no seu robusto parachoques dianteiro.
Após a grande geada de 1975, acabaram-se os cafezais do Paraná e tudo mudou, o velho jipão já não tinha mais o trabalho de carregar as sacas de café. Logo em seguida foi também proibida a venda de leite diretamente pelos produtores. Sobrava para o jipão a responsabilidade de transportar a família pelas viagens na região e passeios pela cidade. Coisa que o jipão fazia muito bem e despertava inveja, inclusive quando tínhamos de ir a algum lugar de estrada ruim.
          Era pequeno ainda mas me lembro de uma vez em uma festa de casamento que se realizou no sítio do noivo. No meio da festa choveu forte e a maioria dos automóveis que lá estavam ficaram atolados e as pessoas só vinham embora pegando carona nos 4x4 que lá estavam.
Em 1979, com o jipão servindo apenas para o transporte da família em passeios e sem uso constante em trabalhos pesados no sítio, meu pai resolveu comprar um carro novo, um VW Variant azul, por 60 mil cruzeiros. E lá ia o jipão para uma garagem improvisada. Um dia um mecânico da cidade vizinha de Cambé ficou sabendo do jipão e veio tentar a compra. Após algumas vindas e idas sem sucesso, conseguiu convencer meu pai a vender o jipão por 12 mil cruzeiros. Imaginem, que após tanto trabalho, o jipão estava praticamente como na foto de 20 anos atrás, apenas com um corte na capota de lona, do lado esquerdo, onde uma vaca que estava sendo "rebocada" para o pasto e ia amarrada no parachoques, enfiou os chifres na capota.
           Após muitos anos depois da venda, meu pai me confidenciou que logo depois da venda do jipe, arrependeu-se e que nunca deveria ter vendido o companheiro. Confesso que certa vez, eu já jovem, conversando sobre o assunto, tive a impressão de ver meu pai com os olhos cheios de lágrimas após ele dizer que gostaria de poder ter um jipão novamente um dia, para poder dirigir por aí. Pensei um dia em comprar um para dar de presente a meu pai. Sei que não seria o mesmo jipão do passado dele mas quem sabe poderoa deixá-lo um pouco mais feliz e diminuir sua tristeza da falta do companheiro jipão 1959.
Há alguns anos tive a oportunidade de comprar um jipe, um Willys 1965, mas infelizmente meu pai já estava meio adoentado nessa época e não conseguia mais dirigir, vindo a falecer um certo tempo depois, sem poder ter tido a oportunidade de dirigir o jipão novamente quando quisesse. Tenho dois sonhos que gostaria de poder realizar um dia. Um é restaurar meu jipe e poder deixá-lo totalmente original de época e o outro é encontrar aquele velho companheiro jipão 1959 que foi do meu pai.
            Hoje o sítio não existe mais, pois o progresso chegou e a cidade moderna engoliu o lugar onde fui criado junto à minha família e o jipão 1959, ficando somente um loteamento imobiliário.
           Na foto antiga, aparecem meu pai, mãe e irmãs, pois eu não tinha nascido ainda, e o jipe Willys 1959.
           Nas outras fotos aparecem o meu atual jipe ano 1965, estacionado no exato local onde há meio século atrás foi tirada a foto da família , e o meu jipe estacionado no exato lugar onde estava parado o jipão 1959 em frente ao portão da nossa casa  no sítio há meio século atrás."





sábado, 11 de agosto de 2012

Aspectos mercadológicos da Rural Willys

Cenas felizes com uma Rural Willys, aqui mostrada no seu modelo 1963, 4x2.
Reparem no boné do primeiro anúncio e na flâmula do segundo, fazendo referência ao ecletismo da Rural (lazer e formatura).
Meu pai teve Corcel, mas uma Rural ele não podia comprar, nem usada. Lembro que este modelo povoava meus pensamentos infantis sobre automóveis lá em meados dos anos 80 (é, sou "jovem " ainda), onde me lembro de uma Rural que sempre via a caminho do sítio de minha avó, em estrada de chão batido. Ela permanecia estacionada no mesmo lugar, fazia chuva ou sol, com as portas traseiras abertas e uma considerável carga de frutas de época à mostra para venda. Pensava que ela estava meio abandonada e sem funcionar, mas um dia vi que a mesma não estava mais lá, naquela posição e sim de frente para a estrada e mais no interior do pátio de uma casa.
Na minha opinião um dos veículos nacionais mais completos para o Brasil e as suas condições naquela  época de estradas pavimentadas ainda insuficientes. Servia para qualquer terreno, ainda mais em versão 4x4, além de oferecer baixo custo de manutenção, robustez, potência e economia relativa (sob a ótica da época, não os padrões atuais), espaço de sobra e conforto. Para o trabalho e lazer. Claro, era privilégio de poucos possuí-la, precursora das SUV atuais ela não custava barato para a maioria dos brasileiros que, diferentemente de hoje, não possuíam automóvel. Porém, em termos de mercado ela tinha um excelente custo-benefício. Talvez nesse quesito, somente a Volkswagen Kombi era páreo para ela.
Vejamos: em 1963 a Rural Willys modelo 4x2 custava Cr$ 1.172.000,00. Uma Kombi Standard custava CR$ 1.040.000,00 e uma Especial Cr$ 1.128.000,00. Esse modelo Especial da Kombi era o de valor e características mais próximas da Rural 4X2. Já para o modelo Kombi Turismo, o valor subia para Cr$ 1.666.000,00. Essa eu considero muito alto, ao passo que uma Rural modelo 4x4, essa sim era versátil, custava Cr$ 1.264.000,00. 
As demais concorrentes nacionais eram a perua DKW Vemaguet (Cr$ 1.449.000,00) e a Chevrolet Amazona (Cr$ 2.062.000,00).
E vocês, o que acham?

sábado, 4 de agosto de 2012

CJ-5 "buraqueiro"

Este é um modelo 1958 de CJ-5 equipado com  retroescavadeira, foi muito utilizado nos EUA é hoje é raro encontrá-los, mesmo por lá. Este está a venda, por U$ 6.500,00.


 Este modelo abaixo está numa configuração mais rara ainda, espécie de fazedor de buracos. Notem os pneus especiais "inchados".


 
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