domingo, 8 de julho de 2012

O porta-luvas no Jeep

          O post de hoje é especial: é o primeiro após atingirmos a marca de mais de 150.000 visitas.
         O blog , sempre no intuito de trazer informações, além de fatos interessantes relacionados aos nossos amados utilitários  Jeep, aborda nesta matéria o assunto porta-luvas (glove box) nos Jeep, mais especificamente os da série CJ´s e os militares da série M. 
         Aliás este foi um tema sugerido pelo amigo e grande entusiasta dos Jeep, Rodrigo Rossi.
       Sim, mas o que a primeira foto tem a ver com porta-luvas de Jeep? Explico. Serve para introduzir o assunto, pois foi a Ford, com seu modelo GPW a primeira a apresentar o Jeep com porta-luvas, assim como foi ideia dela o tanque de combustível com bordas arredondadas e a ideia do farol retrátil que se transformava em luz de serviço para trabalhos e inspeções no compartimento do motor. Isso sem falar na grade dianteira estampada, surgida em 05 de fevereiro de 1942 e adotada posteriormente nos MB 42 que substituiram os Slat Grille. Isso simplesmente refletia a larga experiência da Ford na produção de carros de passeio, fato analisado inclusive nos primeiros protótipos GP que disputavam com o Bantam e o Willys MA o contrato com o Exército americano, onde os modelos da Ford apresentaram o melhor nível de conforto e disposição de alavancas e instrumentos, por exemplo.
        Os primeiros modelos, sejam os Bantam Pilot, BRC 40 e 60, Willys MA, Ford GP e os primeiros Willys Slat Grille MB não possuíam porta-luvas. Certamente se deram conta da utilidade deste equipamento, para guardar mapas por exemplo. Então com o Ford GPW este equipamento passou a ser utilizado e extendido aos Willys MB e assim foi até o fim da sua produção. Porém, os Jeep anfíbios Ford GPA não possuíam porta-luvas.
     Os modelos militares M38, M38A1 (este apresentava porta-luvas no lado esquerdo) mantiveram o "glove box". Já os modelos militares Ford M151A1 e A2 Mutt, Kaiser M606, M606A1 e A2 não adotaram este equipamento.
      O diminuto Willys Bob Cat, conhecido como aerojeep, protótipo de 1953, também não vinha com glove box.
     O pequeno modelo Mighty-Mite M422, embora não fosse produzido pela Jeep, mas pela AMC, também não possuía porta-luvas.
      Já os modelos civis não adotaram o porta-luvas como equipamento, vide CJ2A, CJ3A, CJ3B, DJ3A, DJ3A Gala Surrey, DJ5 e DJ5A (Série D de dispatcher, do US. Post Mail). Somente com a introdução do CJ-5 , modelo derivado do M38A1, o Jeep ganhou um porta-luvas para uso civil.  Fruto das qualidades de maior conforto e espaço dos CJ-5 frente aos CJs anteriores.
     No Brasil, por adotar a mesma carroceria americana do CJ-5 no início, o porta-luvas foi mantido. Mas estes modelos nos primeiros anos chegaram a vir sem a tampa do mesmo, e praticamente sem porta-luvas, pois nas fotos de época não dá para notar se existia a "gaveta" . 
Os CJ-5 militares brasileiros, por serem similares aos modelos civis também mantiveram o útil porta-luvas.

 Acima, modelo DJ3A (1956-1964), o Jeep "Postal", Dispatcher.
 Abaixo, o DJ3A Gala Surrey (1956-1964), um Jeep "de praia".


Abaixo, Willys MA e seu cockpit.

 Os primeiros cockpits do Willys Slat Grille não possuiam porta-luvas.


 Acima, painel do Ford MUTT. Abaixo, interior dos DJ5 (1965-73) e DJ5A (1968-84).


3 comentários:

  1. Parabéns pelos mais de 150 mil acessos, que são consequência das ótimas matérias! Sucesso Sempre!

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  2. Muito obrigado Jivago. Desejo para voc~e também.

    Abraços!

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  3. Obrigado pela citação, grande amigo!!!

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