Em um teste na Revista Mecânica Popular de setembro de 1960, ela foi considerada o mais brasileiro dos veículos nacionais até então, não porque tivesse saído das pranchetas brasileiras, mas devido ao seu alto índice de nacionalização: 97%. Os engenheiros nacionais aplicaram inúmeras adaptações baseadas na experiência adquirida no Jeep e na própria Rural 1959. Segundo a revista, esse carro custaria na época, nos EUA, cerca de 2.000 dólares no câmbio daquele ano, e foi fabricada no Brasil com o mesmo padrão de qualidade e uma despesa de importação de menos de 50 dólares em peças (câmbio da época). O motor era fundido e usinado no Brasil, o seu chassi já era Brasileiro, engrenagens, eixos, transmissão, tudo nacional, assim como vidros, elétrica, estampados da carroceria. Superava os índices de nacionalização exigidos pelo Plano do Automóvel Nacional. A Rural sofreu mudanças basicamente estéticas como novos padrões de estofamento, cores, desenho de calotas... A maior e mais significativa alteração foi a introdução do novo motor Ford "Georgia" OHC 4 cilindros 2.300cc lá em 1975. A nova Rural 1960/61 era oferecida em 2 versões: 4x4 e 4x2.
Rural 4x4 1962
Em 1962, ganha novas calotas e novo espelho retrovisor interno.
Em 1963, novo vedador/retentor traseiro no eixo virabrequim do motor.
Em 1964 recebe novo estofamento, suspensão mais macia, novas cores: verde-mar, marrom coral, cinza bismarck e azul crepúsculo. Recebe também as primeiras modificações importantes como a adoção do sistema elétrico 12 volts no lugar do 6 volts, mas ainda utilizando dínamo para carregar a bateria. O ventilador e o desembaçador são opcionais. Recebe ainda novo distribuidor Bosch.
Para 1965, é introduzida a suspensão dianteira independente com molas helicoidais (espirais) na versão 4x2 Luxo, igual ao Aero-Willys. Nova caixa de marchas de 3 velocidades com a primeira também sincronizada, não necessitando mais parar para engatá-la. Novos tambores de freios externos aos cubos, de fácil remoção e manutenção. Novo estofamento de plástico e jérsei. Nova grade dianteira com filetes horizontais em alumínio anodizado. Novas cores. A alavanca de câmbio passa para a coluna de direção, e assim, nos modelos 4x4 o acionamento da tração e reduzida se dá através de uma alavanca monocomando embaixo do painel, à direita do volante. O pára-choque dianteiro perde as garras cromadas. Nova válvula de escape no motor com cabeça 1/8" maior. Nova tampa removível na carcaça de embreagem para inspeção e troca. A trava do capuz do motor é reforçada. Ventoinha elétrica opcional no compartimento de passageiros no modelo Luxo e 4x4. Luz indicadora opcional para indicar tração 4x4 ligada. Lançada a pedra fundamental da nova fábrica em Jaboatão/PE.
Para 1966, o carburador é recalibrado para economizar até 20% de gasolina. O dínamo é substituído pelo alternador, pesando a metade do anterior e permitindo carregar a bateria em marcha lenta. O eixo comando de válvulas passa a etr 4 buchas de apoio. Novas buchas nos jumelos dianteiros e traseiros da suspensão. A nova fábrica de Jaboatão é inaugurada em 14 de julho e passa a fabricar a Rural, Pick-up e Jeep, apelidados de "chapéu de couro". A Rural 4x2 recebe barra estabilizadora que também podia ser colocada como acessório na Rural standard 4x2 e 4x4 e na Pick-up 4x2 e 4x4. Novas borrachas nos amortecedores de dupla ação, mais silenciosos.
Em 1967 surgem novas calotas com 12 rebaixos estampados e círculo central para o modelo 4x2. Novo painel de instrumentos, emprestados do Aero Willys, agora com mostradores em frente ao motorista. Autorádio original de fábrica como opcional. Trava de direção original na coluna de direção. Novo estofamento e pedais relocalizados e com novo formato quadrado. Novas maçanetas. Câmbio de 4 marchas e volante estilo Aero-Willys na Rural 4x2 Luxo. Introdução do motor Willys 3.000cc com carburador de corpo duplo e 2.600cc com 2 carburadores, ambos motores opcionais. Os semi-eixos traseiros passam a ser inteiriços e sem chavetas e porca nas rodas, bem como sem pinos graxeiros nos rolamentos de ponta de eixo. A Willys é adquirida pela Ford do Brasil.
No ano de 1968 a marca passa a ser denominada Ford-Willys. A Rural ganha o espelho retrovisor externo cromado na porta do motorista.
4x4 1968
Em 1969 o eixo traseiro passou a usar tubo de maior diâmetro chamado de "canela grossa". O Manual do Proprietário passou a ser impresso com a marca Ford. Recebe ainda novos coxins de borracha , mais reforçados, nos suportes do motor. O diferencial autoblocante 70% é oferecido como opcional.
Em 1970 é oferecido o 3° banco opcional, podendo assim transportar até 8 passageiros. A frente do capô perde o emblema W cromado. A Ford lança a série Luxo com motor 3.000cc e novos detalhes de acabamento e peneus mais largos. A suspensão traseira é reforçada com o aumento na largura das lâminas dos feixes de molas de 45mm para 57mm. Nova cor Branco Alasca no forro do teto e novo limpador do parabrisas acionado por bomba de botão embaixo do painel.
eu tenho uma iguaaaal
ResponderExcluirGostaria de comprar uma 1959 original e em perfeito estado de uso e conservação. Pago preço de colecionador. Robson - Natal - RN
ResponderExcluirA Rural Willys é uma das melhores opções para colecionadores,sobretudo iniciantes,considerando a imponência,a estética e custo de manutenção.
ResponderExcluir